sábado, 19 de novembro de 2011

RAGE

O ponto alto de Rage é a sua jogabilidade. Como já era de se esperar de uma desenvolvedora do calibre da id Software, o título aposta em um estilo ágil no qual o jogador experimenta diferentes gêneros dentro do mesmo jogo.
A exploração do cenário é tão interessante quanto às missões. Enquanto isso, as interações com os outros personagens substituem com muita propriedade longas sequencias de animação. Além disso, ainda encontramos um robusto sistema de personalização que permite criar novos equipamentos e editar itens já existentes.
Esse dinamismo oferece grande variedade à forma de jogar. A estrutura que poderia se tornar repetitiva foge do usual e agrada em cheio quem procura por algo diferente no mar títulos “genéricos” que recheiam o gênero FPS.
Trabuco
Um dos elementos mais atraentes de Rage é a o seu esquema de personalização de armamento. Ao longo do jogo você encontrará várias plantas para a construção de itens e armas. Conforme o jogador coleta os materiais necessários essas construções se tornam viáveis e novos equipamentos são adicionados ao seu inventário.
O melhor de tudo é que o gerenciamento dos objetos coletados na sua jornada é direto e totalmente descomplicado. O lixo é automaticamente agrupado em uma aba específica — para que possa ser vendido na diferentes lojas espalhadas pelo mapa de jogo —, enquanto que artigos especiais, que podem ser utilizados para a manufatura de itens e armas, ficam em destaque.
Essas facilidades se mostram realmente interessantes quando percebemos que em que Rage você não se limita a manter a sua arma sempre carregada, mas também deve estar sempre em busca de novas maneiras de aprimorá-la, tornando-as mais letais e adaptadas às suas necessidades — haja vista que algumas missões fazem com que você invada fortalezas disparando para todos os lados, enquanto outras incumbências exigem algum planejamento estratégico e ação furtiva.
É a fúria!
Falar dos gráficos de Rage é algo difícil, pelo menos no que diz respeito à versão do jogo para PC. Não há como negar a beleza dos visuais: cenários realmente impressionantes, com um design muito bem trabalhado que entregam um clima pós-apocalíptico no melhor estilo diesel punk.
A direção de arte é afiada e o nível de detalhamento dos gráficos é verdadeiramente impressionante. Destaque para as animações, em especial para à sincronia labial dos modelos e as texturas elaboradas. Entretanto, toda essa beleza é prejudicada por inúmeros p



Reprovado

Enfurecido
Rage era um dos títulos mais aguardados de 2011, especialmente porque estava em desenvolvimento desde 2007. Todavia, mesmo com tanto tempo de produção, o título ainda chegou com inúmeros problemas.
No momento em que realizamos a análise, boa parte dos problemas já foi corrigido pela Bethesda e id Software, ou supostamente corrigidos, pois ainda evidenciamos algumas questões extremamente desagradáveis. Dificuldades de compatibilidade com as placas de vídeo da NVIDIA resultaram em screen tearing, defeito que representa os infames “cortes” na tela, enquanto que as placas da AMD se mostraram particularmente inviáveis em vários aspectos — em alguns casos o jogo simplesmente nem rodava.
O lançamento do título foi conturbado por apresentar um jogo incompleto, repleto de erros e questões técnicas — ainda não resolvidas pelos desenvolvedores neste momento. Mesmo com as atualizações já lançadas ainda surgem alguns elementos problemáticos. O “pop in” — defeito gráfico relacionado ao carregamento das texturas — é um dos mais gritantes.
Além disso, também evidenciamos uma grande instabilidade na taxa de quadros por segundo (fps), fato que tornou a jogatina praticamente impossível. A id Software está trabalhando em melhorias e já disponibilizou algumas correções. Mesmo assim, a primeira impressão é a que fica e o que vimos não foi nada bom.
Inédito, já dito
Um dos argumentos centrais durante todo o processo de desenvolvimento de Rage foi o fato de que se tratava de algo verdadeiramente único, um jogo que não teria precedentes, com uma jogabilidade singular e um estilo próprio. Infelizmente não foi o que vimos na versão final do jogo.
A inovação foi apregoada durante todo o desenvolvimento, mas no final o que temos é a reprodução — bem elaborada — de vários elementos já vistos em muitos jogos do gênero. Na verdade, ficamos com a impressão de que estamos jogando uma versão incrementada de Borderlands, com visuais e jogabilidade aperfeiçoados.
A estrutura de RPG está lá, mas não é necessariamente nova, bem como a ideia dos combates veiculares. Talvez o fato de tais elementos aparecerem combinados em um mesmo jogo seja de fato novo, mesmo assim isso não é o suficiente para dizer que se trata de algo diferente de tudo que já vimos por ai.
Faltou alguma coisa
Longe de ser um jogo ruim, Rage poderia ter sido muito melhor. Na verdade, o que realmente prejudica o título é a soma de erros. Alguns bons exemplos podem passar despercebidos pela maioria, mas se analisados de perto mostram como a id Software poderia ter incrementado o jogo consideravelmente.
Vejamos o multiplayer, que apesar de presente não chega a ser algo realmente instigante. Além de contar com apenas duas modalidades de jogo — uma baseada no combate veicular e outra em uma espécie versão cooperativa das missões single player — não vislumbra uma alternativa tão tradicional quanto o famoso deathmatch.
Outro bom exemplo é o sistema de saves. O jogo raramente salva os dados, obrigando o jogador a ficar atento à gestão de dados salvos para que, caso morra em um momento inoportuno, não se ver obrigado a retornar até um estágio muito anterior.

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